São Paulo, domingo, 25 de dezembro de 2005.
JUCA KFOURI
COLUNISTA DA FOLHA
COLUNISTA DA FOLHA
Caju é sinônimo de Atlético Paranaense, por estranho que pareça. Mas o antigo goleiro do Furacão (anos 30/40) tem seu nome na história, como Lara, do Grêmio, da mesma época.
E são raros os goleiros que têm seus nomes automaticamente associados a um clube, às vezes dois, como Gilmar dos Santos Neves (Corinthians e Santos); Manga (Botafogo e Inter); Raul Plassmann (Cruzeiro e Flamengo).
Oberdã Catani do Palmeiras, Emerson Leão, fundamentalmente do Palmeiras, São Marcos.
Ronaldo, do Corinthians.
Barbosa, do Vasco.
Marcos Carneiro de Mendonça e Carlos Castilho, do Fluminense.
Kafunga, do Atlético Mineiro.
José Poy e Zetti, do São Paulo.
Nenhum deles, no entanto, o que não os diminui em nada, bem entendido, pegou três bolas impossíveis numa decisão de Mundial de Clubes.
Rogério Ceni pegou.
Nenhum deles foi eleito o melhor jogador de uma decisão de Mundial de Clubes nem do próprio Mundial.
Rogério Ceni foi.
Nenhum deles fez gols e mais gols pelo seu clube.
Rogério Ceni fez e fará.
Jamais houve um goleiro como Rogério Ceni, que compõe agora, como disse o autor do livro sobre o São Paulo (“Dentre os grandes, és o primeiro”, da Coleção Camisa 13, pela Ediouro), Conrado Giacomini, a Santíssima Trindade Tricolor, ao lado de Leônidas da Silva e Raí.
Do mesmo modo que não se afirmou aqui, na coluna passada, que o São Paulo é o maior time de todos os tempos do Brasil (porque nem é preciso comparar a equipe do tri mundial com o Santos de Pelé, basta compará-lo ao próprio São Paulo de Raí para constatar o tamanho da estupidez, se cometida), pois apenas se constatou que o São Paulo é o clube mais vitorioso do país, também ninguém está dizendo que Rogério é o melhor goleiro da história.
Ele é só (?!) o mais emblemático e bem sucedido a personificar um clube de futebol.
Até outro dia mesmo, com toda sua história no Morumbi, poderia se dizer que Rogério já tinha um lugar de honra na galeria dos ídolos tricolores, mas poucos e desimportantes títulos como titular. Agora não só tem os dois títulos mais importantes que um clube pode ter como, ainda por cima, os obteve como os obteve, fazendo gols e milagres, tanto na Libertadores quanto no Mundial.
Ah, mas ele não está na seleção. E não está porque não gostou de ter seu cabelo cortado na Copa das Confederações de 1997, na Arábia Saudita.
Romário anunciou que o time rasparia a cabeça caso chegasse à final do torneio.
Rogério foi pego de surpresa. Não gostou e não disfarçou o desagrado com a violência.
Até já disse que se não faltasse só uma partida teria pedido para voltar para o Brasil e de tão amuado não saiu mais de seu quarto, a não ser para treinar e se alimentar.
Zagallo viu em sua atitude “falta de espírito de grupo”.
Só resta dizer, como diria Fernando Calazans, azar da seleção.
E são raros os goleiros que têm seus nomes automaticamente associados a um clube, às vezes dois, como Gilmar dos Santos Neves (Corinthians e Santos); Manga (Botafogo e Inter); Raul Plassmann (Cruzeiro e Flamengo).
Oberdã Catani do Palmeiras, Emerson Leão, fundamentalmente do Palmeiras, São Marcos.
Ronaldo, do Corinthians.
Barbosa, do Vasco.
Marcos Carneiro de Mendonça e Carlos Castilho, do Fluminense.
Kafunga, do Atlético Mineiro.
José Poy e Zetti, do São Paulo.
Nenhum deles, no entanto, o que não os diminui em nada, bem entendido, pegou três bolas impossíveis numa decisão de Mundial de Clubes.
Rogério Ceni pegou.
Nenhum deles foi eleito o melhor jogador de uma decisão de Mundial de Clubes nem do próprio Mundial.
Rogério Ceni foi.
Nenhum deles fez gols e mais gols pelo seu clube.
Rogério Ceni fez e fará.
Jamais houve um goleiro como Rogério Ceni, que compõe agora, como disse o autor do livro sobre o São Paulo (“Dentre os grandes, és o primeiro”, da Coleção Camisa 13, pela Ediouro), Conrado Giacomini, a Santíssima Trindade Tricolor, ao lado de Leônidas da Silva e Raí.
Do mesmo modo que não se afirmou aqui, na coluna passada, que o São Paulo é o maior time de todos os tempos do Brasil (porque nem é preciso comparar a equipe do tri mundial com o Santos de Pelé, basta compará-lo ao próprio São Paulo de Raí para constatar o tamanho da estupidez, se cometida), pois apenas se constatou que o São Paulo é o clube mais vitorioso do país, também ninguém está dizendo que Rogério é o melhor goleiro da história.
Ele é só (?!) o mais emblemático e bem sucedido a personificar um clube de futebol.
Até outro dia mesmo, com toda sua história no Morumbi, poderia se dizer que Rogério já tinha um lugar de honra na galeria dos ídolos tricolores, mas poucos e desimportantes títulos como titular. Agora não só tem os dois títulos mais importantes que um clube pode ter como, ainda por cima, os obteve como os obteve, fazendo gols e milagres, tanto na Libertadores quanto no Mundial.
Ah, mas ele não está na seleção. E não está porque não gostou de ter seu cabelo cortado na Copa das Confederações de 1997, na Arábia Saudita.
Romário anunciou que o time rasparia a cabeça caso chegasse à final do torneio.
Rogério foi pego de surpresa. Não gostou e não disfarçou o desagrado com a violência.
Até já disse que se não faltasse só uma partida teria pedido para voltar para o Brasil e de tão amuado não saiu mais de seu quarto, a não ser para treinar e se alimentar.
Zagallo viu em sua atitude “falta de espírito de grupo”.
Só resta dizer, como diria Fernando Calazans, azar da seleção.
Nota do autor do blog
Rogério você tem crédito com os verdadeiros sãopaulinos, mas por favor, evite falhar de novo.