quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Mário Covas

Como líder da oposição ao regime militar, Covas fez a defesa da democracia e do Parlamento na histórica sessão da Câmara que antecedeu a edição do AI-5.
Na noite do dia 13 de dezembro de 1968, num dos momentos mais repressivos do regime militar, o presidente Costa e Silva, fecha o Parlamento e decreta o Ato Institucional N.º 5 (AI-5). E assim restabelece o poder presidencial de cassar mandatos, suspender direitos políticos, demitir e aposentar juízes e funcionários, além de acabar com a garantia do habeas-corpus e de ampliar e endurecer a repressão policial e militar. O ato teve origem num discurso do então deputado federal Márcio Moreira Alves (MDB, da Guanabara) na Câmara dos Deputados, no dia 3 de setembro, convocando a população a boicotar a parada militar do dia 7. O governo, sentindo-se ofendido, solicitou licença ao Congresso para processá-lo. O pedido foi rejeitado numa longa sessão da Câmara, dando pretexto para que o general Costa e Silva baixasse o AI-5. Outros 12 atos institucionais complementares são decretados e passam a constituir o núcleo da legislação do regime militar Na época, Mário Covas era líder do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) na Câmara Federal, partido de oposição ao regime iniciado com o golpe de 1964.
Na sessão do dia 12 que antecedeu ao AI-5, Covas fez uma vigorosa defesa da imunidade parlamentar de Márcio Moreira Alves. 'Creio no regime democrático, que não se confunde com a anarquia, mas que em instante algum possa rotular ou mascarar a tirania', disse Covas em histórico discurso que fez em nome da bancada, cujos 127 deputados votaram contra a licença. 'Caímos, mas o Congresso caiu de pé', lembra Covas. As notas taquigráficas dos discursos e debates nunca foram registradas nos Anais da Câmara e só foram resgatadas 32 anos depois, em maio do ano passado.
Esta é a íntegra do discurso de Mário Covas:
O SR MÁRIO COVAS (Como Líder - Sem revisão do orador) - Sr. Presidente, permita V.Exa. e meus pares que eu reivindique, inicialmente, um privilégio singular: o de despir--me da roupagem vistosa da liderança transitória, com que companheiros de partido me honraram, para falar na condição de membro desta Casa, sem outra representação senão outorga oferecida por aqueles que para cá me enviaram. Será, talvez, um desvio regimental concedido, entretanto, plenamente compreensível, já que a causa que somos obrigados a apreciar sobrepaira, superpõe-se às próprias agremiações partidárias. Em sua análise, o coletivo domina o individual, o institucional supera o humano, a impessoalidade há de ser o traço marcante, eis que, hoje, esta Casa está sendo submetida a julgamento. Recolhida ao banco dos réus, aguarda o veredicto que será exarado pelos próprios ocupantes. Discute-se validade de uma das coisas mais caras prerrogativas, instrumento essencial de seu funcionamento como poder, que é a inviolabilidade. Impugna-se seu caráter absoluto, impondo-se-lhe restrições que a transformariam em princípio abstrato. Intenta-se, pelo dúbio caminho do transitório que somos nós, alienar algo que, por ser propriedade da instituição, é permanente. Contesta-se, sob o império da razão política, uma prerrogativa da qual não temos a o direito de abdicar, porque, vinculada à tradição, à vida e ao funcionamento do Parlamento, ele pertence, e não aos parlamentares. Para isto, investem contra a Constituição exatamente aqueles que proclamam a sua excelência que exaltam suas virtudes e que sustentam a sua imutabilidade. Há alguns anos, Sr. Presidente, as atenções da Nação brasileira eram convocados com o envio à Câmara dos Deputados de um pedido de licença para processar um parlamentar, sob a acusação de tomar público documento considerado secreto. Durante a discussão do pedido, o acusado, em longo discurso, inseriu estas considerações: 'Um deputado converteu-se, por decisão do Governo da República, no teste decisivo do funcionamento das instituições democráticas do Brasil'. Hoje, em episódio dotado de igual grau de emotividade, com semelhante dose de expectativa e com idêntico teor da ressonância, as instituições democráticas são postas à prova, testadas em sua fortaleza, pesquisadas em sua soberania, perquiridas em sua independência. A acusação é o crime de injúria a uma instituição - as forças armadas. A arma, a palavra. O instante: o dia em que atingiu o clímax, a alta tensão emotiva emergente dos episódios relacionados com a invasão da Universidade de Brasília. Creio, Sr. Presidente, ser necessário em exame do problema, ainda que dentro das limitações do tempo regimental, sob vários aspectos. O primeiro deles é o jurídico, evidentemente. Diria, entretanto, sem pretender escandalizar, ser ocioso o enfoque sob tal prisma, não apenas por faltarem ao orador os conhecimentos requeridos para tanto, não apoiado como, sobretudo, porque tão copiosas, irrespondíveis foram astorrentosas argumentações contrárias à concessão da licença nesta Casa exibidas que se exauriu a doutrina de forma cabal e irretorquível. E, não fora a cultura e os dotes oratórias e retóricas de que são portadores os que por esta tribuna ou pela qual Comissão de Constituição e Justiça desfilaram seus inesgotáveis conhecimentos, não fora o brilho e tenhamos corrido o risco de transformar este debate num fastidioso monólogo, a ausência de defensores para sustentar a validade jurídica da concessão da licença. Por mais que recorra à memória, e mesmo com o risco de involuntariamente cometer omissões, foge-me à lembrança a presença de defensores da concessão. Não que lhes faltem recursos intelectuais. Pelo contrário. É a própria debilidade da tese, é o próprio absurdo da pretensão que lhes anula os argumentos, lhes minimiza a presunção, lhes condicionam a formulação jurídica. Há uma constante neste problema, e o desenrolar dos acontecimentos o evidencia. Muitos tentam justificar o voto; outro pleiteiam a validade da tese, creio, entretanto, que em todo o elenco de autoridade, em todo o rol de fontes citadas, um nome foi esquecido. As razões desconheço. Porém, minha condição de engenheiro certamente me absolverá, se, inspirando-me em sua lição, a tomar para guia e orientação. Trata-se do atual ocupante do Ministério da Justiça, o Dr. Luiz Antonio da Gama e Silva. Leio-lhe um parecer a respeito deste problema; e este parecer está exarado num outro processo, em curso nesta Casa, em que solicita a licença para processar o Deputado Hermano Alves. Eis S.Exa. em seu oficio ao Procurador da Justiça Militar 'Realmente os artigos publicados pelo citado parlamentar configura, indubitavelmente, violações dos preceitos expressos nos artigos 14, etc, do Decreto de Lei 314, porque: a) por sua falsidade, tendenciosa e deturpação pões em perigo o bom nome, a autoridade e o prestígio do Brasil. b) Constituem atos destinados à guerra revolucionária ou subversiva c) ofendem a honra e a dignidade do Exo. Sr. Presidente da República diretamente ou através de seus Ministros de Estado e Militares d) incitam, publicamente, a subversão da ordem política e social e animosidade entre as instituições civis e as Forças Armadas. Mais adiante, conclui S. Exa, de forma límpida e cristalina a orientar-nos no atual problema. No tocante, porém, aos discursos proferidos na tribuna da Câmara dos Deputados, não se afigura, in casu, exista qualquer delito, diante da indenidade assegurada do Art. 34, caput, da Constituição, e porque o abuso do direito político praticado, sem dúvida, pelo incontinente Deputado não a tenta contra a ordem democrática nem viso à pratica de corrupção, e somente quando o abuso do direito tende a esses objetivos ou a qualquer deles, se justifica a medida prevista no art. 151 da Lei Maior (Palmas) Creio, Sr. Presidente, creio, Srs. Deputados, que a frente poderá ser contestada. Eu entretanto me auto-absoluto, porque, sendo engenheiro, acho inteiramente válido consultar a figura do Ministro a Justiça neste episódio, desta natureza. Mas, Sr. Presidente, ouço sustentar que não só o argumento jurídico teria razões para este procedimento. Aqui e ali ouço que, ao analisar o problema sob o ângulo político, diferente será o comportamento de cada um de nós. Ainda aí, sustento eu, o individual não pode prevalecer sobre as prerrogativas da Instituição. Um Poder soberano não delega, não transfere, é ele próprio Juiz de seus atos. Há de ter a independência e a grandeza de manter essa condição inalienável. E o Poder Legislativo, exatamente para reservar-se essa condição. sabiamente estabeleceu limitações regimentais para a inviolabilidade, fixando o Poder de Polícia pelo próprio órgão diretor da Casa. Ora, sendo o Legislativo, por definição constitucional, um Poder independente, juiz, portanto, de seus próprios atos, e dispondo de instrumental necessário ao exercício dessa competência, infere-se uma conclusão iniludível: concedendo a licença, o Poder Legislativo se estará autocondenando, pelo crime de omissão. Mas, Sr. Presidente, haveria aqueles que sustentariam que seria possível vislumbrar razões de natureza moral ou ética a justificarem a concessão. Aos que assim se resguardam, conveniente seria lembrar que, de 1946 a esta data, dezenas de pedidos de licença foram encaminhados a esta Casa para processar parlamentares. Várias acusações formuladas, capituladas nos mais variados artigos do Código Penal. Entretanto, mesmo em ocasiões em que o Deputado abria mão de suas franquias, solicitando mesmo a concessão, a Câmara invariavelmente adotou idêntica conduta - a negativa - sustentada por um mesmo princípio: a imunidade parlamentar. Agora, acusa-se um Deputado de pretenso crime político. Não vejo como, moralmente, se possa sustentar a concessão, sem que a Câmara incida numa mesquinha exibição de intolerância e incoerência, desnudando-se, em vista dos precedentes, num farisaísmo abominável, são insuficientes os exemplos da nossa tradição. Ater-me-ei a apenas dois exemplos, legados por outros povos. É da 'Jurisprudência Parlamentar', de Frederico Morhoff - autorização para instaurar processo contra Deputados, página 346: 'Autorização para instaurar processo contra Deputado Dias Laura pelo crime previsto no art. 290 do Código Penal, modificado pelo art. 2 da lei 1317, de 11 de novembro de 1947. (Menosprezo às forças armadas do Estado).' A Câmara, chamada a decidir, acolheu o parecer da Comissão e não concedeu o pedido de autorização para processar. Página 359: 'Autorização para processar o Deputado D'amico pelo crime de que trata o art. 272 do Código Penal (propaganda e apologia subversiva ou antinacional).' Eis ai dois exemplos legados pelo Parlamento italiano em casos específicos. As invectivas contra instituições, contra as Forças Armadas do Estado não encontraram, por parte daquele Parlamento, a licença para processar o Deputado. Porém, Sr. Presidente, creio que o enfoque ético nos oferece ainda outro tema para nossa mediação. Tem o Poder Legislativo o direito de transferir a outro Poder um problema que, surgindo no seu âmbito, da sua competência, o colocará em confronto com outros poderes e instituições? É possível que o faça. Mas, neste instante, já não será um Poder. Seus componentes já não existem mais exercerão a função pública, mas terão sido transformados em funcionários públicos. Resta-nos, Sr. Presidente, o argumento dos simplistas: trata-se de uma exigência. As Forças Armadas impõem uma reparação, atingidas que foram em seus brios. Se esta afirmação fosse verdadeira - o que contexto - eu diria que ela apresenta uma deformação originária: não é possível desagravar uma instituição pelo caminho inviável do desrespeito a um Poder. (Muito bem) Para que tenha significação e validade, a manifestação de apreço desta Casa ou de qualquer dos seus membros a qualquer instituição, necessário se faz que ela se auto-respeite. (Muito bem) Que conceito de faria de um chefe de família que, para exaltar as virtudes de seu vizinho, aviltasse o procedimento de seus filhos? O elogio, sob o império da subserviência, transforma-se em bajulação. (Palmas) Seu valor está na dimensão moral e na autoridade de que de quem o manifeste. Mas, Sr. Presidente, - e aí reside o motivo de minha contestação inicial - tenho convicções muito fortes a negar essa afirmação. Posso invocar em meu favor a prova documental, o testemunho idôneo ou o retrospecto histórico. Como prova testemunhal, leio o teor do oficio do Ministério do Exército, solicitando as providências legais. Diz S.Exa.: 'O Deputado Federal Márcio Moreira Alves, eu mesmo de 2 do corrente, falando a respeito dos lamentáveis e tristes acontecimentos ocorridos na Universidade de Brasília, no seu legítimo direito de adversário do Governo, formulou, em termos textuais, a seguinte pergunta.' Mais adiante: 'O mesmo Deputado, ainda sob o clima emocional pelos fatos gerados, antes mesmo que fossem apuradas as causas e os responsáveis, assim se pronunciou:' Prosseguindo: 'Embora os referidos conceitos, de caráter e de responsabilidade pessoal do Deputado em apreço, no uso da liberdade que lhe é assegurada pelo regime instituído com a revolução de março, não exprimam o pensamento da Câmara mais preservativo do povo brasileiro, na sua dignidade intangível e na respeitabilidade do seu próprio decoro, é de considerar-se a ressonância com que eles ecoam no seio do Exército'. E finaliza: 'A despeito da gravidade evidente das ofensas dirigidos pelo Deputado Márcio Moreira Alves e do sentimento de repulsa com que elas ainda mais uniram os militares, como integrantes de uma instituição a que tanto já deve a democracia brasileira, o Exército continua empenhado em contê-las dentro da disciplina e da serenidade das suas atitudes, obediente ao Poder Civil e confiante nas providências que V.Exa. julgue devam ser adotadas'. Se preferirem o testemunho idôneo, dir-lhes-ei que ao longo deste episódio em contato não apenas com civis de todas as categorias, como com militares de variadas patentes, tenho ouvido insistente e ansiosamente repetida a afirmação de que não sobrarão outras oportunidades para que o Poder Legislativo manifeste sua independência. É um imperativo para que sua sobrevivência, ainda que risco houvesse, que preserve suas prerrogativas, que resguarda sua majestade, que reiter sua soberania. Porém se isso ainda não bastasse, invoco o retrospecto histórico. Como acreditar que as Forças Armadas brasileiras que foram defender em nome do povo brasileiro, em solo estrangeiro, a liberdade e a democracia no mundo, colocassem como imperativo de sua sobrevivência o sacrifício da liberdade e da democracia no Brasil? (Palmas). Eu, Sr. Presidente, por formação e por índole, um homem que fundamentalmente crê. Desejo morrer réu do crime da boa fé, antes que portador do pecado da desconfiança. Creio na Justiça, cujo sentimento, na excelsa lição de Afonso Arinos, é na noção de limitação de Poder. Limitação bitolada por dois extremos: sua contenção para que não na prepotência, e seu plano exercício para que não se despenhe na omissão. Creio no povo, anônimo e coletivo, com todos os seus contrastes, desde a febre criadora à mansidão paciente. Creio ser desse amálgama, dessa fusão de lamas e emoções, que emana não apenas do Poder, mas a própria sabedoria. E nele crendo, não posso desacreditar de seus delegados. Creio na palavra ainda quando viril ou injusta, porque acredito na força das idéias e no diálogo que é seu livre embate. Creio no regime democrático, que não se confunde com a anarquia , mas que em instante algum possa rotular ou mascarar a tirania. Creio no Parlamento, ainda que com suas demisias e fraquezas, que só desaparecerão se o sustentarmos livre, soberano e independente. Creio na liberdade, este vínculo entre o homem e a eternidade, essa condição indispensável para situar o ser à imagem e semelhança se seu criador. Creio, Sr. Presidente, e esta crença mais se consolidou pelas últimas lições que recebi, pois nunca é tarde para aprender, na honra, esse atributo indelegável, transferível por ser propriedade divina. Porque em tudo isso creio, Sr. Presidente, e protegido pelo resguardo de minhas palavras iniciais, quero declarar minha firme crença de que, hoje, o Poder Legislativo será absolvido. E a altitude dessa tribuna, da majestade desta Mesa, da altivez desta plenário, as vozes do gênio do Direito e da Deusa da Justiça podem ser ouvidas em seu patético apelo: 'Não permitais que um delito impossível possa transformar-se no funeral da Democracia, no aniquilamento de um Poder e no cântico lúgubre das liberdades perdidas. (Muito bem. Palmas) O orador é cumprimentado.

Texto retirado do site http://www.fmcovas.org.br/site/index.php?page=integra-do-discurso-feito-na-camara-dos-deputados-na-vespera-do-ai-5

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Dr. Sócrates

Quem viveu os anos 80 provavelmente já comemorou um gol imitando o Dr. Sócrates, com o braço direito erguido e o esquerdo nas costas.
Tempo que a rivalidade ficava somente nos gritos das torcidas, no tempo em que mesmo eu torcedor sãopaulino sabia reconhcer um verdadeiro craque e adorava ver o Dr. jogando. Quantas vezes fiquei triste ao ver o Dr. marcando gol contra meu time e quantas vezes vibro ao ver os gols do Magrão Capitão pela seleção brasileira de 82.
O gol que ele vez contra a Italia foi maravilhoso, Zoff esperava pelo cruzamento, assim como quase todos, porém a genialidade do Magrão que chutou cruzado entre Zoff e a trave deixando o grandíssimo goleiro sentado no chão. "De capitão a capitão, a Sócrates digo que permanecerá na história" Dino Zoff, capitão da Itália, algoz do Brasil e campeã do mundo em 1982, à Gazzetta dello Sport.



Minha familia sempre foi de falar sobre democracia e a "Democracia Corinthiana" foi um marco na história do futebol e muito comentado em casa. Tenho um tio corinthiano roxo e sempre me falava dessa democracia corinthiana e hoje eu sei o grande feito que foi. Claro que nem todos aceitam, como tiveram alguns que não aceitaram.
Hoje a gente fala que a gestão humana é importante, mas o que o Magrão e Cia fizeram nada mais é que a democracia plena em forma de gestão humana. Imaginem que um time de futebol onde concentrava quem quisesse, da forma que quisesse e sempre, sempre todos eram ouvidos. "Foi uma época em que todos os subordinados eram escutados. E acho que isso é necessário hoje. A humanidade precisa ouvir mais." Sempre coerente em suas atitudes e suas opniões, coisa rara hoje em dia, também será lembrado por isso "Triste. Dos anos 80 com sua luta pela democracia até hoje, seu pensamento foi coerente. E sua magia no futebol o coloca entre os gênios." Serginho Groisman, apresentador de TV.
Para mim foi Sócrates quem inventou o toque de calcanhar, ainda não vi nenhum jogador fazer o que ele fazia com o calcanhar. Uma técnica que dificilmente será igualada a um outro jogador, bem como sua capacidade de pensar, craque no pensamento e na técnica. Passou  uns tempos em Florença jogando pela Fiorentina, que também prestou sua homenagem hoje com um minuto de silêncio, porém a saudade o fez voltar.
Sempre boleiro e polêmico, Socrates sempre foi um jogador diferenciado. Médico, assim como Tostão, formado e daí surgiu o apelido Dr. sempre contava que  pensou muito em não ir para o Corinthinas devido a faculdade que não queria parar. Entretanto após firmar com o time do Parque São Jorge, dizia “A grande força do Corinthians é a emoção que a torcida passa para o time, algo numa dimensão que nenhuma outra passa.”
Em 1978 o São Paulo tentou contratar esse meia magro, alto e muito talentoso, porém Vicente Matheus pasosu a perna no São Paulo e o levou para o Parque São Jorge. Durante o começo dos anos 90 surgiu um rapaz no time do Morumbi que falavam ser o irmão do Sócrates, quem era? "Ah, o irmão do Sócrates" e depois com o tempo esse menino ganhou fama e a história mudou o discurso e o Sócrates passou a ser o irmão do Raí, mesmo assim o Sócrates nunca deixou de ser o Sócrates.
E como bom exemplo que era até "tornou-se" sãopaulino para poder torcer pelo irmão.



Tornou-se tão corinthiano que fez questão de deixar nossa dimensão indo exatamente no dia em que o Corinthians tornou-se 5 vezes campeão brasileiro, assim poucos sentiram a tristeza de não termos mais o Dr. Sócrates Brasileiro Sampaio de Sousa Vieira de Oliveira.
Ele foi tão extraordinal que ultrapassou as quatro linhas do campo, seja com política ou como lenda:
"Descanse em paz Sócrates. Era fascinado por ele quando criança. Lenda brasileira da Copa do Mundo. Gênio. Artilheiro. Doutor. Filósofo. Lenda" Steve Nash, jogador de basquete do Phoenix Suns, da NBA; "Jogando bola é difícil descrever tamanha classe, categoria e a inteligência extrapolou os campos de futebol. Além de médico, sempre foi engajado políticamente nas causas que acreditava" Zico, ex-jogador e parceiro de Sócrates na seleção e no Flamengo; "Descanse em paz, Sócrates. Lenda brasileira" Robin Van Persie, atacante holandês que atua no Arsenal, da Inglaterra.
É... Ele foi único, como Chalie Packer tocando tico-tico no fubá.
Obrigado Dr. Sócrates, que sua viagem seja de muita luz, paz e amor.


terça-feira, 8 de novembro de 2011

Civilidade não faz mal a ninguém, pelo contrário faz um bem.

Assim que tomou o lugar do regime monárquico, os republicanos se preocuparam em estabelecer novos símbolos que tivessem a função de representar a transformação política acontecida no final do século XIX. Já em janeiro de 1890, o governo provisório do Marechal Deodoro da Fonseca lançou um concurso visando a oficialização de um novo hino para o Brasil. Com isso, o Teatro Lírico do Rio de Janeiro foi palco da disputa que acabou sendo vencida por José Joaquim de Campos da Costa de Medeiros e Albuquerque (1867 – 1934) (letra) e Leopoldo Miguez (1850 - 1902) (música).

Atuando como professor, jornalista, escritor e político, Medeiros e Albuquerque teve uma formação intelectual privilegiada, estudou na Escola Acadêmica de Lisboa e teve, no Brasil, o folclorista Silvio Romero como seu preceptor. No meio político foi um grande entusiasta do ideal republicano e, quando o novo regime se instalou, Medeiros e Albuquerque assumiu alguns cargos públicos e administrativos do novo governo.


Já Leopoldo Miguez saiu cedo do Brasil e, já nos primeiros anos de vida, se dedicou aos estudos musicais na Europa. Em 1878, voltou ao Rio de Janeiro para abrir uma loja de pianos e música. Sendo professo defensor da República, recebeu auxílio para retornar para a Europa e ali concentrar informações sobre a organização de institutos e conservatórios musicais. Em 1889, fora nomeado como diretor e professor do Instituto Nacional de Música.


Mesmo ganhando a disputa, o hino formado por esses renomados artistas acabou não sendo utilizado como o novo hino do país. Em um decreto de janeiro de 1890, o governo brasileiro estipulou que a criação fosse empregada como sendo o Hino de Proclamação da República. Desse modo, a composição acabou sendo conservada como um dos mais significativos símbolos que representam a proclamação do regime republicano brasileiro.


No ano de 1989, a escola de samba Imperatriz Leopoldinense comemorou o centenário da República utilizando uma parte do refrão do Hino em seu samba enredo. Muito pouco utilizado em solenidades oficiais, esse hino precisa ser resgatado como um dos mais significativos símbolos de nosso regime político. Segue abaixo a letra para aqueles que tiverem interesse em contemplar o seu conteúdo.

Letra: Medeiros e Albuquerque
Música: Leopoldo Augusto Miguez

Seja um pálio de luz desdobrado.
Sob a larga amplidão destes céus
Este canto rebel que o passado
Vem remir dos mais torpes labéus!
Seja um hino de glória que fale
De esperança, de um novo porvir!
Com visões de triunfos embale
Quem por ele lutando surgir!


Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!


Nós nem cremos que escravos outrora
Tenha havido em tão nobre País...
Hoje o rubro lampejo da aurora
Acha irmãos, não tiranos hostis.
Somos todos iguais! Ao futuro
Saberemos, unidos, levar
Nosso augusto estandarte que, puro,
Brilha, ovante, da Pátria no altar!


Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!


Se é mister que de peitos valentes
Haja sangue em nosso pendão,
Sangue vivo do herói Tiradentes
Batizou este audaz pavilhão!
Mensageiros de paz, paz queremos,
É de amor nossa força e poder
Mas da guerra nos transes supremos
Heis de ver-nos lutar e vencer!


Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!


Do Ipiranga é preciso que o brado
Seja um grito soberbo de fé!
O Brasil já surgiu libertado,
Sobre as púrpuras régias de pé.
Eia, pois, brasileiros avante!
Verdes louros colhamos louçãos!
Seja o nosso País triunfante,
Livre terra de livres irmãos!


Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
 

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Para que serve a calcinha ????

Antes vejam um texto interessante sobre a calcinha
 
A LUVA E A CALCINHA (autor desconhecido)

Um jovem estudante, ao passar em uma loja em São Paulo .... resolveu comprar um belo par de luvas para enviar a sua jovem namorada, ainda virgem, de família tradicional mineira, a quem muito respeitava.
Na pressa de embrulhar, a moça da loja cometeu um 'pequeno' engano, trocando as luvas por uma CALCINHA!
O jovem, não notando a troca, enviou o presente via SEDEX junto com a seguinte carta:

São Paulo, 18 de outubro de 2010.

Querida:

Sabendo que dia 12 próximo é o Dia dos Namorados, resolvi te mandar este presentinho... 
Embora eu saiba que você não costuma usar (pelo menos eu nunca te vi usando uma), acho que vai gostar da cor e do modelo, pois a moça da loja experimentou e, pelo que vi, ficou ótima. 
Apesar de um pouco larga na frente, ela disse que é melhor assim do que muito apertada, pois a mão entra com mais facilidade e os dedos podem se movimentar à vontade. Depois de usá-la, é bom virar do avesso e colocar um pouco de talco para evitar aquele odor desagradável. 
Espero que goste, pois vai cobrir aquilo que breve irei pedir ao teu pai, além de proteger o local em que colocarei aquilo que você tanto sonha.




Não é para guardar a perereca ?????????

terça-feira, 18 de outubro de 2011

A já esperada queda do técnico Adilson no São Paulo

Sim, caros amigos, já era esperada a saída do técnico Adilson do São Paulo. Antes de qualquer coisa, quero enfatizar que existem alguns times que por jogarem de uma forma a muitos anos acabam ficando estagnados com um único esquema tático, com pouquíssimas alterações.

Veja o estilo dos times gaúchos, normalmente jogam fechados e compactados com muita raça, parecido com o Palmeiras. O time do Santos aposta na velocidade, e o São Paulo gosta de jogar no 4 – 4 – 2. Eu mudaria e deixaria o time bem no ataque, vamos para vencer. Por que não jogar no 3 – 4 – 3 ? Imagine Rivaldo, Casemiro, Jean e Lucas. Dagoberto, Luis Fabiano e Marlos, seria um time bem ofensivo.

E é por isso que o Adilson dificilmente daria certo no São Paulo, pois ele aposta mais em um esquema com três volantes, ficando um na marcação e dois na criação, deixando muito exposta as laterais. O Carpegiane, muitas vezes conhecido como Prof. Pardal, gostava de usar o 4 - 2 - 3 – 1 com dois volantes na frente da zaga. Como o Adilson não conseguiu que o time do São Paulo ficasse compacto, era mais que esperado a saída dele. Bom, quem errou? O técnico ou a direção que não soube escolher um técnico que saiba lidar com o, já acostumado, time do São Paulo? Solução? Talvez um técnico estilo linha dura ou reformular a psicologia total do time. Dar uma chacoalhada, um tapa na cara de cada jogador. Iria até mais longe, talvez a mudança na direção do São Paulo seria a solução. Quantos anos o Juvenal está no poder? Será que o time já não cansou dele? Muitas perguntas para pouco tempo até o fim do campeonato.

Até o final do campeonato o São Paulo não terá outro técnico, ficará o Milton Cruz, mas para o ano que vem terá um técnico novo ou mesmo Muricy, que tem muitas "viúvas" no São Paulo.

Acho o Adilson bom técnico e se daria muito bem no Palmeiras ou nos times do Sul, são estilos parecidos. Estilos que o treinador gosta e o que os times estão acostumados a jogar.

Outro problema no São Paulo é o elenco, que é propriedade do clube, patrimônio. Em 70, João Saldanha montou uma seleção, não foi o Zagalo que montou o time, com quatro camisas 10 (Pelé do Santos, Tostão do Cruzeiro, Rivelino do Corinthians e Gérson do São Paulo) e esse desafio de poder colocar muitos craques é o que o treinador deveria fazer, não como está fazendo Mano Menezes, que tem a disposição Kaká, Lucas, Ronaldinho Gaúcho e Ganso e, não sabe aproveitar as peças que tem. Será que não seria o caso de repetir o esquema de João Saldanha? 

Além de um ataque bem interessante com Neymar, Fred, Luis Fabiano, Adriano. Sabendo montar um esquema tático com tantas peças de excelente qualidade, com todos os defeitos de organização, corrupção e festa com o NOSSO dinheiro, a Copa do Mundo será nossa.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Só de Sacanagem

Para um reflexão geral.

Só de Sacanagem

Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu dinheiro, que reservo duramente para educar os meninos mais pobres que eu, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova? Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e dos justos que os precederam: “Não roubarás”, “Devolva o lápis do coleguinha”, Esse apontador não é seu, minha filhinha”.
Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.
Até habeas corpus preventivo,
coisa da qual nunca tinha ouvido falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará.
Pois bem, se mexeram comigo,
com a velha e fiel fé do meu povo sofrido,
então agora eu vou sacanear:
mais honesta ainda vou ficar.
Só de sacanagem!
Dirão: “Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo o mundo rouba” e eu vou dizer: Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês.
Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau.
Dirão: “É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal”.
Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal.
Eu repito, ouviram? IMORTAL!
Sei que não dá para mudar o começo
mas, se a gente quiser,
vai dar para mudar o final!

Elisa Lucinda, 12 de agosto de 2005.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tá Reclamando do Lula? do Serra? da Dilma? do Arrruda? do Sarney? do Collor? do Renan? do Palocci? do Delubio? Da Roseanne Sarney? Dos politicos distritais de Brasilia? do Jucá? do Kassab? dos mais 300 picaretas do Congresso?
Brasileiro reclama de quê?
O Brasileiro é assim:
  1. Coloca nome em trabalho que não fez.
  2. Coloca nome de colega que faltou em lista de presença.
  3. Paga para alguém fazer seus trabalhos.
  4. Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas.
  5. Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas.
  6. Suborna ou tenta subornar quando é pego cometendo infração.
  7. Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, e até dentadura.
  8. Fala no celular enquanto dirige.
  9. Usa o telefone da empresa onde trabalha para ligar para o celular dos amigos (me dá um toque que eu retorno...) assim, o amigo não gasta nada.
  10. Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento.
  11. Para em filas duplas, triplas, em frente às escolas.
  12. Viola a lei do silêncio.
  13. Dirige após consumir bebida alcoólica.
  14. Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas.
  15. Espalha churrasqueira, mesas, nas calçadas.
  16. Pega atestado médico sem estar doente, só para faltar ao trabalho.
  17. Faz "gato" de luz, de água e de tv a cabo.
  18. Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.
  19. Compra recibo para abater na declaração de renda para pagar menos imposto.
  20. Muda a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas.
  21. Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10, pede nota fiscal de 20.
  22. Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes.
  23. Estaciona em vagas exclusivas para deficientes.
  24. Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse pouco rodado.
  25. Compra produtos pirata com a plena consciência de que são pirata.
  26. Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca.
  27. Diminui a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem.
  28. Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.
  29. Frequenta os caça-níqueis e faz uma fezinha no jogo de bicho.
  30. Leva das empresas onde trabalha, pequenos objetos, como clipes, envelopes, canetas, lápis... como se isso não fosse roubo.
  31. Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que recebe das empresas onde trabalha.
  32. Falsifica tudo, tudo mesmo... só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado.
  33. Quando voltado exterior, nunca diz a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem.
  34. Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve.
E quer que os políticos sejam honestos....
Escandaliza-se com o mensalão, o dinheiro na cueca, a farra das passagens aéreas...
Esses políticos que aí estão saíram do meio desse mesmo povo, ou não?
Brasileiro reclama de quê, afinal?
E é a mais pura verdade, isso que é o pior! Então sugiro adotarmos uma mudança de comportamento, começando por nós mesmos, onde for necessário!
Vamos dar o bom exemplo!
Espalhe essa idéia!
"Fala-se tanto da necessidade deixar um planeta melhor para os nossos filhos e esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores (educados, honestos, dignos, éticos, responsáveis) para o nosso planeta, através dos nossos exemplos...."
 

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O cartel de empreiteiras da Fifa

Por JUREMIR MACHADO DA SILVA
Jornal “Correio do Povo”, de Porto Alegre

Entrevista bombástica do ex-presidente do Internacional, Vitorio Piffero, a Luis Carlos Reche, na Rádio Guaíba.
Segundo ele, o Inter tinha recursos para fazer sozinho a reforma do Beira-Rio.
Por que não o fez?
Porque a Fifa exigiu garantias bancárias que o Inter não tinha assegurando os recursos para a conclusão da obra.
Piffero afirmou que o Inter tinha dinheiro no banco suficiente para a reforma da arquibancada que hoje está paralisada.
De quebra, o Inter corre o risco de ficar fora da Copa das Confederações.
Por que o Inter paralisou as obras?
Porque sofreu fogo amigo. Críticas internas ao modelo próprio de reformas.
E críticas externas, as da Fifa e da CBF.
Por quê?
A Fifa e a CBF queriam impor uma empreiteira do seu cartel, a Andrade Gutierrez.
Não interessava à turma da Fifa que o Inter fizesse a reforma por contra própria.
A Copa do Mundo precisa dar lucro a um grupo de parceiros.
Qualquer coisa fora disso é desautorizada.
O Inter chegou a contratar um executivo, de rápida e apagada passagem pelo Beiro-Rio, cuja missão se resumiu a convencer o atual presidente do Inter a cair no colo da Andrade Gutierrez.
Todos aqueles que criticavam essa decisão boa acima de tudo para a empreiteira foram acusados de atraso e ignorância.
O Inter podia ter feito como o São Paulo: não se submeter.
Mas havia duas razões para cair no colo da Andrade Gutierrez: a rivalidade infantil com o Grêmio e o desejo de alguns de fazer a sagrada vontade da CBF e da Fifa.
Na África, já se cogita derrubar alguns dos estádios construídos para a Copa de 2010.
No Brasil, só cartolas, alguns políticos e empreiteiras ganharão com a Copa do Mundo.
O Inter e o Grêmio têm tudo para sair como perdedores.
Serão perdedores felizes.
Farão papel de modernos.
Moderno é pagar aluguel para morar na própria casa.
É o neoliberalismo da CBF e da Fifa
Um neoliberalismo antigo, o dos negócios bons para alguns e ruins para muitos.



NOTA do autor do Blog.
A cidade de São Paulo não pode nunca ficar de fora de uma Copa do Mundo, muito menos de uma abertura ou final. São Paulo tem a melhor rede hoteleira do Brasil, os melhores restaurantes (considerada a capital mundial da gastronomia), as melhores lojas, o maior desenvolvimento, o maior PIB (perdendo somente para o Estado de São Paulo e o Brasil), como ficaria de fora ??????
Nunca.
É por isso que Lula e o interesse de Andres Sanches (Corinthians) fizeram a construção de um estádio 3x mais caro que uma simples reforma no Morumbi. Será que não está por tras de tudo isso o cartel acima denunciado?
Gente lembrem-se que São Paulo não é, São Paulo são.


segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Homenagem ao Rei (Queen) do Rock'n Roll - Freddie Mercury

The Show Must Go On
 
Freddie Mercury, nome artístico de Farrokh Bulsara (Stone Town, 5 de setembro de 1946Londres, 24 de novembro de 1991), foi o vocalista da banda de rock britânica Queen. Era considerado pelos críticos e por diversas votações populares um dos melhores cantores de todos os tempos e uma das vozes mais conhecidas do mundo.

Freddie Mercury nasceu na localidade da Cidade de Pedra, na ilha Zanzibar, à época colônia britânica, hoje pertencente à Tanzânia, na África Oriental. Seus pais, Bomi e Jer Bulsara, eram indianos da religião zoroastriana. Mercury foi educado na St. Peter Boarding School, uma escola inglesa perto de Bombaim, na Índia, onde deu seus primeiros passos no âmbito da canção, ao ter aulas de piano. Foi na escola que ele começou a ser chamado "Freddie" e, com o tempo, até os seus pais passaram a chamá-lo assim.
Depois de se formar em sua terra natal, Mercury e família mudaram-se em 1964 para a Inglaterra, devido a uma revolução iniciada em Zanzibar. Ele tinha dezoito anos. Lá se diplomou em Design Gráfico e Artístico na Ealing Art College, seguindo os passos de Pete Townshend. Esse conhecimento mostrar-se-ia útil depois, ao Freddie projetar o famoso símbolo da banda.

Algo que poucos fãs sabem é que, na escola de artes em que se bacharelou Freddie era conhecido como um aluno exemplar e muito quieto. Tinha uma personalidade bastante introspectiva. Concluiu os exames finais do curso com conceito A. Possui uma série de trabalhos em arte visual, hoje disponíveis em alguns sites na internet.
Na faculdade, ele conheceu o baixista Tim Staffell. Tim tinha uma banda na faculdade chamada Smile, que tinha Brian May como guitarrista e Roger Taylor como baterista, e levou Freddie para participar dos ensaios.
Em abril de 1970, Tim deixa o grupo e Freddie acaba ficando como vocalista da banda que passa a se chamar Queen. Freddie decide colocar Mercury no nome. Ainda em 1970, ele conheceu Mary Austin, sua namorada, com quem viveu por cinco anos. Foi com ela que assumiu sua orientação sexual, já que Freddie era bissexual e os dois, mesmo separados, mantiveram forte laço de amizade até o fim de sua vida. Mary inspirou Freddie na música "Love of My Life", de acordo com declaração do cantor e de seus companheiros de Banda, sendo Mary acima de tudo o verdadeiro amor dele.

No visual de Freddie, há uma mudança que não deixa de ser notada: se, na era Glam dos anos 70, o cabelo comprido, delineador preto, unhas pintadas, os maillotes de bailado e sapato de tacão alto eram moda, estes iriam dar lugar a uma postura mais "macho": cabedal preto, chapéu de polícia, cabelo curto e meses mais tarde bigode, essa seria a sua imagem de marca na década de 1980. Nessa época que seus amigos descobriram sua bissexualidade, pois ele passou a levar rockeiros para dormir em seu quarto, além de algumas garotas.
Mercury compôs muito dos sucessos da banda, como "Bohemian Rhapsody", Somebody to Love, "Love of My Life", "We Are The Champions" e “Crazy Little Thing Called Love”; hinos eloquentes e de estruturação extraordinária, particulares e sempiternos. Suas exibições ao vivo eram lendárias, tornando-se imagem de marca da banda. A facilidade com que Freddie dominava as multidões e os seus improvisos vocais envolvendo o público no show tornaram as suas turnês um enorme sucesso na década de 1970 e principalmente (enchendo estádios de todo o mundo) nos anos 80.

Estátua de Freddie Mercury em Montreux.

Lançou dois discos-solo, aclamados pela crítica e pelo público.
Em 1991, após ficar muito doente, surgiam rumores de que Mercury estava com AIDS, que se confirmaram em uma declaração feita por ele mesmo em 23 de novembro, um dia antes de morrer, vindo a falecer na noite de 24 de novembro de 1991, em sua própria casa, chamada de Garden Lodge. Sua morte causou repercussão e tristeza em todo o mundo. A casa de Freddie Mercury, passada por testamento à sua ex-namorada, Mary Austin, recebeu muitos buquês de flores na época e continua a receber até hoje.
O corpo de Freddie Mercury foi cremado e por este motivo não existe túmulo para que seus fãs possam homenageá-lo. Sua cinzas foram espalhadas na margem do Lago Genebra na Suíça.
Em 25 de novembro de 1992, foi inaugurada uma estátua em sua homenagem, com a presença de Brian May, Roger Taylor, da cantora Montserrat Caballé, Jer e Bomi Bulsara (pais de Freddie) e Kashmira Bulsara (irmã de Freddie), em Montreux, na Suíça, cidade adotada por Freddie como seu segundo lar.

Os membros remanescentes do Queen fundaram uma associação de caridade em seu nome, a The Mercury Phoenix Trust, e organizaram, em 20 de abril de 1992, no Wembley Stadium, o concerto beneficente The Freddie Mercury Tribute Concert, para homenagear o trabalho e a vida de Freddie.
O cantor também foi conhecido pelo pseudônimo de Larry Lurex e pelo apelido Mr. Bad Guy.
Freddie Mercury era proprietário de uma voz potente. Contam alguns que, durante as gravações do álbum Barcelona, Freddie desafiou Montserrat Caballé, uma das cantoras líricas mais conhecidas no mundo, para ver quem possuía maior fôlego. Mercury venceu com uma grande vantagem.

Em 1992, dão-se os Jogos Olímpicos de Barcelona, um ano depois da morte de Freddie Mercury, nos quais Montserrat Caballé intrepreta a famosa canção "Barcelona" (gravada em 1988) num dueto virtual com o cantor falecido. Ainda hoje o dueto é recordado como um marco histórico da música.


The Show Must Go On - O show tem que continuar (Queen)

Espaços vazios... Para que nós estamos vivendo?
Lugares abandonados - Eu acho que já sabemos o placar
E continuando, alguém sabe o que nós estamos procurando?
Um outro herói, outro crime impensado
Atrás das cortinas, na escuridão
Segure a linha, alguém quer aguentar um pouco mais?
O Show Deve Continuar
O Show Deve Continuar, yeah
Por dentro meu coração está se partindo
Minha maquiagem pode estar dissolvendo
Mas meu sorriso continua...

O que quer que aconteça, eu deixarei tudo à sorte
Uma outra dor no coração, outro romance fracassado
E continua, alguém sabe para que nós estamos vivendo?
Eu acho que estou aprendendo (aprendendo, aprendendo)
Eu preciso ser mais forte agora
Em breve irei virar (virar, virar, virar)
A esquina
Lá fora o amanhecer está surgindo
Mas aqui dentro no escuro estou sofrendo para ser livre
O show deve continuar
O show deve continuar, yeah yeah
Ooh, por dentro meu coração está se partindo
Minha maquiagem pode estar dissolvendo
Mas meu sorriso continua...

Yeah yeah, whoa wo oh oh

Minha alma é pintada como as asas das borboletas
Contos de fadas de ontem vão crescer mas nunca vão morrer
Eu posso voar - meus amigos
O show deve continuar
O show deve continuar
Eu irei enfrentar tudo com um sorriso
Eu nunca irei desistir
Avante - com o show

Eu irei dar uma lance maior, irei chacinar
Eu tenho que achar forças para continuar
Com o show
Com o show
O Show deve continuar